quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Religiões de matrizes africana e afro-indígenas

Curso prepara sacerdotes e sacerdotisas para serem reconhecidos como teólogos e teólogas
 
Considerados como analfabetos,charlatães e curandeiros, estas duas práticas tipificadas como crimes no antigocódigo penal,criminalização que pode recrudescer caso seja aprovado o teor comose encontra no Senado o projeto de Lei nº 268, de 2002 que dispõe sobre oexercício da medicina, os sacerdotes e sacerdotisas da religião de matrizafricana e afro-indígena podem não ser beneficiados pelo projeto de Lei que tramita no Congresso Nacional que dispõe sobre o exercício e regulamentação daprofissão de teólogo no Brasil.

O projeto nº 114, de 2005 deautoria do Bispo Marcelo Crivella da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) eSenador da República reeleito, passou pela última tramitação em 06/05/2010encontrando-se atualmente na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do SenadoFederal com a relatora da matéria Senadora Marisa Serrano.

O projeto que volta à pauta doSenado nessa legislatura de 2011, sobretudo, mediante a força dos evangélicospentecostais e, especialmente, neo pentecostais nas eleições gerais de 2010 emque quase triplicou a bancada no Congresso, visa beneficiar indiretamentepastores e bispos da IURD.

Vale ressaltar que os dirigentes nacionaise internacionais da IURD foram ordenados a conclamarem os fiéis como umadeterminação divina a votarem na então candidata Dilma Rousseff,sendo,portanto, decisivos os votos desses crentes nas eleições do segundo turnoque sufragou nas urnas a atual presidenta do Brasil.              

Como de práxis em todo e qualquerprojeto que visa regulamentar uma nova profissão, este tem que reconhecer os/asque à época da aprovação da Lei já vinha à ocupação durante certo tempo. Assim,portanto, projeto do Bispo Crivella, no art. 1º, inciso III preceitua que o exercícioda profissão de teólogos é assegurado “aos que, à data da publicação desta Lei,embora não diplomados nos termos dos incisos anteriores, venham exercendoefetivamente, há mais de cinco anos, a atividade de Teólogo, na forma econdições que dispuser o regulamento da presente lei”.

A ATRAI (Associação Nacional deTeólogos e Teólogas da Religião de Matriz Africana e Indígena) e a EGBÉ ÒRUNÁIYÉ (Associação Afro-Brasileira de Estudos Teológicos e Filosóficos dasCulturas Negras) conscientes de que a profissão ou o reconhecimento comoteólogo e teólogo não será concedida a analfabetos ou a quem não possua omínimo de formação epistemológica acerca da teologia da tradição religiosa quepratica, está oferecendo em todo o país,curso de aperfeiçoamento que visapreparar dirigentes de Terreiros de Matriz Africana e Afro-Brasileira parafazer jus ao título de teólogos e teólogas afros.

Assim, portanto, o curso deCapacitação Afrodescendente de Visão de Mundo, Teológica e Filosófica daReligião de Matriz Africana e Afro-Indígena, que será ofertado em todo o Brasile na modalidade semipresencial,terá uma carga horária de 300 horas de estudos,destinado adeptos/as que possuem pelo menos o segundo grau completo ouequivalente.  O curso será coordenado eministrado pelo Prof. Jayro Pereira – Teólogo da Religião de Matriz Africana eAfro-Brasileira (Mestre e Bacharel em Teologia, Licenciado em CiênciasReligiosas, etc.), cabendo a certificado do curso às Faculdades IntegradasEspírita, Curitiba, PE e/ou FACINTE – Faculdade Internacional de Curitiba. Oscursos para as suas realizações estão sujeitos à formação de turma.   

Informações e inscrições:http://atraibr.org/    e-mail:teologiafro@yahoo.com.br

Fones  Recife/ PE - (81) 9133-4473 / 8107-4811/9967-1418 e 8609-3796 – Porto Alegre / RS - (51) 33333-9736 / 3333-9224/9986-9719

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